Petroleiros cruzam os braços em paralisação de 24 horas nesta quarta
Nesta quarta-feira (26/09) os petroleiros vão fazer uma paralisação dos trabalhos por 24 horas. A categoria reivindica salarial e melhorias na segurança do transporte de passageiros. A paralisação segue o indicativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP).
“Nossa data base de reajuste é em setembro, estamos pedindo reajuste de acordo com a reposição da inflação do Dieese, a FUP pede reajuste de 10%. Também é pedido o regramento para a participação dos Lucros, conforme determina a lei, estabelecendo critérios e metas do quanto a ser divido e o pagamento, obedecendo indicados e metas pactuadas”, disse José Maria Rangel, Coordenador Geral do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF).
Sobre a segurança dos trabalhadores o coordenador informou que é uma reivindicação constante do sindicato.
“É uma luta constante, principalmente o transporte aéreo. Aqui no aeroporto de Campos a estrutura é tímida, na nossa visão causa insegurança dentro do hangar da empresa que presta serviço a Petrobras”, comentou.
Segundo José Maria a informação da FUP já foi repassada aos trabalhadores que estão embarcados.
PARALISAÇÃO
Atendendo ao indicativo da FUP, os petroleiros estão rejeitaram a proposta apresentada pela Petrobrás no dia 19 e aprovaram a greve de 24 horas que o Conselho Deliberativo indicou para quarta-feira (26/09).
As assembleias já começaram no Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Ceará, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Duque de Caxias e Rio Grande do Sul, onde os petroleiros estão aprovando todos os indicativos da FUP. Nas demais bases, as assembleias começam no final de semana e prosseguem até esta terça-feira (25/09).
Segundo a FUP, a proposta apresentada pela Petrobrás representa aumento real entre 0,9% e 1,2%, ou seja, um desrespeito aos trabalhadores que se arriscam cotidianamente para fazer da empresa a principal locomotiva da economia do país. Além de não atender à reivindicação dos petroleiros, o índice proposto pela Petrobrás está aquém do que tem sido conquistado por outras categorias.
De acordo com o um estudo do Dieese baseado em 370 negociações coletivas do primeiro semestre deste ano apontou que 97% das categorias conquistaram reajustes que, em média, representaram 2,23% de aumento real acima do INPC. Segundo o Dieese, foi o melhor resultado das negociações salariais desde 1996.
A FUP informou que a greve de 24 horas será de advertência. Na sexta-feira (28/09) o Conselho Deliberativo da FUP volta a se reunir para discutir um calendário de luta mais contundente. Bancários e trabalhadores dos Correios já estão em greve em todo o país. Portanto, se a Petrobrás não apresentar uma proposta que contemple os petroleiros, a categoria será a próxima a cruzar os braços.
Ururau / Sindipetro-NF