PESSOAS COMUNS

25/02/2012 09:29

 

Num dia o revolucionário americano, John Adams, teve que dizer a esposa, Abigail, que iria viajar para França em busca de apoio financeiro e material a guerra pela independência dos Estados Unidos. Ela não podia crer que o marido novamente a deixaria. Durante muito tempo já vinha criando, praticamente sozinha, os quatro filhos do casal. Inicialmente protestou. Chegou as lagrimas. Mas depois compreendeu a importância da partida do esposo. Só fez uma exigência: que o filho mais velho, John Quincy Adams, fosse junto.


No dia da viagem, seu coração ficou apertado. Novamente era deixada para trás, com os filhos mais jovens sob sua responsabilidade. Imagino a noite sombria, quando se despediu do marido. Não deve ter sido fácil. Muitos anos se passariam, até que pudessem se reencontrar. Mas essa esposa e mãe, Abigail Adams, nem podia imaginar, que um dia o marido e o filho, iriam se tornar, respectivamente, o segundo e o sexto Presidente dos Estados Unidos.
Estou assistindo a cinebiografia de John Adams. Tudo o que gosto, precisa virar texto. Faz parte da minha natureza. Principalmente neste século, que como disse o pensador, poeta laureado e líder budista, Daisaku Ikeda, “é o século das pessoas comuns”. Apesar de ele ter escrito isto ainda nos anos 1980, nunca foi tão verdade. Aqui no Brasil, um nordestino que fugiu da seca no ‘pau de arara’, acabou de deixar nossa Presidência da República (o Lula), e foi sucedido pela ex-guerrilheira Dilma Rousseff.


Qual papel nos caberá? Penso que vai ser aquele que escolhermos e nos prepararmos para exercer. Alias, temos que tomar cuidado com nossos sonhos, pois eles, grande parte das vezes, se tornam realidade. Quando não acreditamos nisto, e vivemos de forma negligente, a chance de a oportunidade aparecer e terminarmos desperdiçando, é grande. Então, que tal estarmos prontos para o imprevisível?


Nesse sentido, buscar ampliar nossos conhecimentos é uma bela dica. John Adams escreveu: “se a virtude e o conhecimento estão espalhados entre as pessoas, eles nunca serão escravizados. Esta será sua grande segurança”. Eu acredito nisto.

Por Ronald Thompson