Operação “A Irmandade” detém 11 pessoas no interior do Estado
Desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (06/02), mais de 180 policiais civis realizaram, no interior do Estado a operação intitulada como “A Irmandade”, em seis municípios da região Norte e Noroeste Fluminense e Baixada Litorânea.
Onze pessoas foram presas, sendo cinco em flagrante e sete por força de mandados de prisão, durante a operação desencadeada para desarticular uma quadrilha acusada homicídio, formação de quadrilha, contravenção penal, estelionato, agiotagem e crime contra a economia popular.
A operação coordenada pelo delegado Regional, Paulo Ramos e pelo delegado titular da 148ª Delegacia de Polícia de Italva, Gustavo Valentim, teve a participação de 55 equipes do Departamento Geral de Polícia do Interior (DGPI), da Capital (DGPC) e Especializada (DGPE), com apoio de agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE). Os policiais cumpriram além dos sete mandados de prisão, 49 de busca e apreensão, expedidos pela Justiça.
Em entrevista coletiva, concedida no final da manhã, os delegados disseram que as investigações tiveram início a partir do assassinato de uma mulher, no dia 03 de novembro de 2011. Meriele da Silva Talon, teria tido um relacionamento com um dos integrantes da quadrilha e após o término, teria começado a contar detalhes dos procedimentos do bando, que optou pela queima de arquivo.
A vítima teria relatado a algumas pessoas daquela cidade, ter visto um carro carregado com armas que teria sido entregue por milicianos do Rio para a quadrilha de Walber de Oliveira Pinto, um dos chefes do bando, que também é liderada por seu irmão Valdeir de Oliveira Pinto. Os dois foram presos na operação.
Ao perceber que as pessoas tinham medo de falar sobre o caso, a polícia começou a investigar as ações do grupo e descobriu que a quadrilha já operava a mais de 40 anos, com o pai de Walber e Valdeir, no jogo do bicho.
Depois de anos operando o sistema, o pai dos acusados, teria parado e os filhos teriam retomado, mais tarde, estendendo as atividades para ‘gato net’, crime em que há suspeitas de envolvimento de milícias do Rio de Janeiro na introdução da tecnologia de desvio de sinal de TV a cabo.
A quadrilha mantinha atividades em todos os municípios onde a operação foi deflagrada e movimentava mensalmente uma quantia calculada entre cem e duzentos mil reais.
O radialista Silas Júnior, de Cardoso Moreira, também foi preso na operação, acusado de ser usado pela quadrilha para conseguir informações privilegiadas junto a polícia e ainda por envolvimento com a rede gato net.
Fonte: URURAU