Prefeito de São Fidélis decreta situação de emergência

O prefeito de São Fidélis, Luiz Fenemê (PMDB), decretou situação de emergência no município em função da cheia que já afeta mais de 900 famílias em localidades, distritos e em algumas ruas da área central, no início desta noite (11). Entre desalojados e desabrigados já são 641 pessoas, com 122 abrigadas em escolas, creches, igreja e associação de moradores.

O distrito mais afetado é Pureza, onde está concentrada a maior parte dos abrigos. Na zona rural, os prejuízos provocados pela obstrução de estradas e pontes estão sendo calculado por equipes da Secretaria de Promoção e Bem Estar Social e Defesa Civil. A falta de estrada prejudicou produtores rurais, sobretudo, produtores de leite, que ficaram uma semana sem condições de escoar a produção.

São Fidélis enfrenta inundação desde o dia 3 de janeiro deste ano, quando chuvas na cidade, com elevação do Rio Grande e Rio Negro — dois rios que deságuam no Paraíba —, jogaram água para fora. Ruas do Centro ficaram alagadas.

Nos últimos dias a situação se agravou, quando o Rio Paraíba passou a receber maior volume de água oriunda de Além Paraíba e Rio Pomba. As populações que residem em regiões ribeirinhas tiveram que deixar suas casas.

No decreto de emergência, o prefeito explica os prejuízos causados com a perda da safra de fruticulturas, horticulturas, grãos e produção de leite. Fenemê também faz um esclarecimento sobre morte de gado no campo.  “O decreto permite a convocação de voluntários, bem como a Defesa Civil entrar na casa do morador a qualquer hora do dia ou da noite, mesmo sem consentimento do morador, caso seja necessário”, destaca o prefeito.

O Rio Paraíba na cidade continua acima do nível normal. “Na última medição o Rio está marcando 5,40 milímetros. A medição normal é de 2,60 milímetros”, esclarece o coordenador da Defesa Civil, Paulo Roberto de Souza Lage. 

A cheia deste ano, apesar dos estragos, teve um impacto menor em relação aos anos anteriores.