Agricultura prorroga dívidas de produtores atingidos pelas enchentes

11/01/2012 08:32

Foto Christino Áureo

 

Linhas de crédito com recursos do Tesouro Estadual terão prazo estendido por 180 dias

 

O secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, informou nesta terça-feira (10) que os financiamentos rurais com recursos do Tesouro Estadual contraídos por produtores de municípios em situação de emergência e com comprovação de perdas terão contratos prorrogados por 180 dias.

 

Ele acrescentou que, cada caso será analisado para possível repactuação da dívida, a partir da gravidade dos prejuízos e redução de receitas da propriedade.  A comprovação das perdas deverá ser confirmada através de laudo de técnicos da Emater-Rio. A medida inclui os financiamentos de atividades fomentadas pela secretaria com os programas Rio Genética, Prosperar, Frutificar e Florescer, entre outros.

 

Tratamento semelhante está sendo pleiteado ao governo federal para os empréstimos junto ao Pronaf - Programa Nacional de Agricultura Familiar. Na tarde de hoje, Christino Áureo fez a solicitação formal ao Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA, através da ministra interina, Márcia Quadrado, e também ao vice-presidente do Banco do Brasil, Osmar Dias.

 

Durante o contato, o secretário de Agricultura sugeriu ainda prorrogação até 30 de junho do prazo final de contratação do Pronaf Emergencial, encerrado em 31 de dezembro de 2011.

 

- A medida daria enorme agilidade no atendimento aos agricultores familiares, uma vez que esta linha de crédito está totalmente regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional e rapidamente passível de operacionalização nas agências do Banco do Brasil – frisou.

 

Ao estimar as perdas de 1,5 toneladas na produção de legumes e de 284 mil litros de leite nos últimos dias, em decorrência das cheias no Norte e Noroeste, Christino Áureo salientou que o fato não é motivo para provocar aumento no preço dos legumes. No caso do leite, acredita ser possível que haja alterações.

 

- Além das enchentes nas regiões fluminenses, estados com grande produção leiteira também estão sofrendo com alterações climáticas, como Minas Gerais, com as chuvas, e Rio Grande do Sul, com a seca. A soma desses fatores poderá causar alteração no preço do leite, que nesse período de safra normalmente tem tendência de queda – concluiu.

 

Secretaria estadual de Agricultura e Pecuária