'Macarrão estava com ânsia de ver Eliza morta', diz advogado de Bruno

12/03/2012 14:50

Foto: 22_bruno575.jpg

 

 

'Macarrão estava com ânsia de ver Eliza morta', diz advogado de Bruno

 

Rio -  O advogado de defesa do goleiro Bruno, Rui Caldas Pimenta, deu detalhes sobre a morte de Eliza Samudio neste domingo. De acordo com Pimenta, quem levou a modelo para a morte foi Luiz Henrique Romão, o Macarrão. Ele reiterou a tese de que o amigo de Bruno tomou a decisão por causa de um amor homossexual que sentia pelo goleiro.

"Macarrão sabia que ela estava incomodando muito Bruno. E ele se arvorou, porque Bruno não tinha ele, tinha ela como mulher dele, tinha relação com ela. Acho que no fundo o Macarrão se exaltou e tomou a decisão equivocada e levou a moça para ser morta, achando que estava ajudando o Bruno", afirmou em uma entrevista à TV Folha.

 

O advogado, que assumiu o caso em novembro do ano passado, forneceu detalhes do depoimento do primo menor de idade de Bruno. "[Eliza disse assim] 'Eu não aguento mais sofrer'. Aí o sujeito [Bola] falou: 'Você não vai sofrer não'. Passou a mão dela para trás, botou o braço no pescoço e deu uma quebra de repente, igual mata uma galinha. Até hoje se mata frango assim. Deu a quebra e ela ficou estrebuchando. E o Macarrão ficou chutando, estava com ânsia de vê-la morta", detalhou.

 

Reviravolta no caso

Um ano e sete meses após o desaparecimento de Eliza, a defesa do goleiro Bruno admitiu, pela primeira vez, que o corpo da ex-amante do atleta foi devorado por cachorros. A revelação foi feita pelo advogado de Bruno. Ele sustenta que o crime foi cometido pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, e que foi Macarrão, melhor amigo do ex-jogador do Flamengo, quem levou a jovem até o assassino. O atleta é acusado de participar do homicídio.

De acordo com o advogado, Eliza, que estava no sítio de Bruno em Esmeraldas (MG) junto com o filho, teria pedido dinheiro ao goleiro dizendo que iria para São Paulo. Bruno, que seria pai do menino, teria dado R$ 30 mil para que o amigo Macarrão acompanhasse Eliza Samudio até a rodoviária, pois já era noite. Mas agindo à revelia de Bruno, Macarrão teria levado a jovem até Bola. “Executaram a moça. Mataram mesmo. Jogaram pra cachorro. Isso é tudo verdade”, garante Pimenta.

 

 

Bruno segue preso em Minas Gerais 

CASA DE MATAR

O local seria conhecido como ‘casa de matar’ e ficaria no centro de treinamento do Grupo de Resposta Especial (GRE), uma unidade de elite da Polícia Civil de Minas. O ex-policial também seria integrante de grupo de extermínio. A defesa de Bruno vai se basear nessa versão, parecida com a do inquérito.

O advogado já havia alegado que Macarrão era homossexual e que teria cometido o crime por amor ao ex-jogador. Oito pessoas foram denunciadas. Entre elas, um primo adolescente do atleta, que cumpre medida socioeducativa. Bruno, Macarrão e os demais aguardam julgamento. O corpo de Eliza jamais apareceu. 

 

Fonte O Dia

 

Foto: Agência O Dia